VENUSIANA
Eu sou a bailarina
destemida
que se lança no espaço.
E desenho no ar
a trajetória do frio, o sentir do vácuo,
a falta de chão, o abandono ao nada.
Sou um traço de leveza e ousadia.
Hoje, talvez, apenas um desejo
pleno de ser pássaro.
E assim, vestida de luz e arrepio,
me arremesso,
desnuda, no vazio.
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Obs. no facebook, este poema está ilustrado por uma imagem de uma mulher despida, pendurada numa corda, quase solta no ar. Uma beleza de foto... Visitem Poemas & Prosas - Veredas de Sol, Lua, Estrela e Jasmim...