Prólogo de um Herói

Santo homem! Santíssimo!

deu-me o pão e me vestiu

deu-me as costas e partiu

Louvem o homem, pobres anjos

Louve os homens de bom coração

Louve os homens de bom coração

Coma o pão e matarás sua fome

partilhe, e todos estarão satisfeitos

o tempo a cada um consome

mas jamais se consome o que foi feito

Uma atitude diferente

um sorriso amigável

transforma um indigente

em alguém admirável

Louvem o homem, pobres anjos

Louve o homem de razão

Louve o homem de razão

Uma guerra será travada

escurece a estrela da manhã

essa terra em sangue será lavada

sem saber se haverá o amanhã

Puseram as armaduras brilhantes

polidas como nunca fora feita

juntaram-se os guerreiros viajantes

em uma tarde tão perfeita

Lá estive, entre homens e heróis

um pobre poeta e nem o era

jamais pensei em ser herói

mas o morto herói foi dessa era

Louvem o homem, pobres anjos

Louve os homens de valor

Louve os homens de valor

A Terra sangrou em nossa história

e foi belo o alvorecer do novo dia

homens viveram com o peso da vitória

e toda dor que a vitória em si trazia

Aos vencedores as batatas!

aos perdedores, a realidade

jorrou sangue nas batalhas

morto o herói em santidade

Louvem o homem, pobres anjos

Louve o homem em santidade

Louve o homem em santidade

Seu corpo eu cobri em manta

branca como o amor que lhe havia

pura como a luz de seu mantra

que a dura tempestade me trazia

Chorava o céu de dor, pura dor

e gritei aos anjos piedade

um verdadeiro poeta este ator

atuando com valor sua verdade

Poesia não há quem cria

poesia existe e se admira

de admirar foi escrita a poesia

e a poesia a vida vira

Uma poesia se foi naquela noite

muitas outras com ela se apagou

muitas vidas levadas pela foice

mas seus atos neste mundo se apegou

Louvem o homem, pobres anjos

Louve o homem, o poeta

Louve o homem, o poeta

A poesia são dos loucos

e dos sábios que os são

mas a diferença entre todos

é que uns vivem outros não

Louvem o homem, pobres anjos

Louve o homem que viveu

Louve o homem que viveu

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 14/09/2013
Reeditado em 14/09/2013
Código do texto: T4481802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.