IMPRESSÕES

A sutileza dos gestos

dizia de um desprendimento visceral.

O olhar auspicioso

anunciava candura e beleza

Havia uma bondade que transcendia a matéria-corpo.

Havia silêncios contidos

escondidos sonhos da infância perdida.

Havia um “não sei que “que incomodava, só às vezes...

Por que sempre há “ranhuras” no vivido...

O rapaz de feições serena

tecia sua presença

na permanência dos outros

que gole a gole, sorriam e festejavam alegrias

do reencontro, do aconchego, da volta pra casa...

Vez ou outra, seus olhos passeavam por entre as gentes

e descansava,

nas conversas triviais dos seus muitos convidados.

Parecia gostar de estar próximo àqueles que lhe eram estranhos...

Talvez fosse pelo sorriso e jeitos incomuns ao convívio, ao habitual.

Ele estava contente

Dava pra sentir

Dava pra ler seus pensamentos estampados na disposição em ajudar.

Ele estava feliz, uma verdade!?...

Havia uma vitória a brindar e muitas outras a aspirar

Ele sabia que era apenas o começo

de uma longa vida de buscas e

recomeços...

Ah! ele sabia!

O que talvez ele não soubesse

É que sua presença margeava poesia

Havia texto e contexto que se misturavam

ante os espaços que demarcavam o mais além

de todos os seus silêncios...

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 14/09/2013
Reeditado em 14/09/2013
Código do texto: T4481377
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