IMPRESSÕES
A sutileza dos gestos
dizia de um desprendimento visceral.
O olhar auspicioso
anunciava candura e beleza
Havia uma bondade que transcendia a matéria-corpo.
Havia silêncios contidos
escondidos sonhos da infância perdida.
Havia um “não sei que “que incomodava, só às vezes...
Por que sempre há “ranhuras” no vivido...
O rapaz de feições serena
tecia sua presença
na permanência dos outros
que gole a gole, sorriam e festejavam alegrias
do reencontro, do aconchego, da volta pra casa...
Vez ou outra, seus olhos passeavam por entre as gentes
e descansava,
nas conversas triviais dos seus muitos convidados.
Parecia gostar de estar próximo àqueles que lhe eram estranhos...
Talvez fosse pelo sorriso e jeitos incomuns ao convívio, ao habitual.
Ele estava contente
Dava pra sentir
Dava pra ler seus pensamentos estampados na disposição em ajudar.
Ele estava feliz, uma verdade!?...
Havia uma vitória a brindar e muitas outras a aspirar
Ele sabia que era apenas o começo
de uma longa vida de buscas e
recomeços...
Ah! ele sabia!
O que talvez ele não soubesse
É que sua presença margeava poesia
Havia texto e contexto que se misturavam
ante os espaços que demarcavam o mais além
de todos os seus silêncios...