Supernova

Eu tiro meu crachá de bom homem

Esqueço pelo momento necessário

O corte que impede minha mão de escrever

E deixo-me perder no espaço ingenuamente gélido e infinito,

Que fica entre a vida que sonhei

E a vida que tenho

Um ruído do lado de fora

Me pergunta se o medo da morte é sensato

As luzes me perguntam se envelhecer sozinho é sensato

E o escuro me responde que alguma coisa morreu dentro de mim

À espera de uma supernova

Se o tempo passa devagar, não me afeto

Também não torço pra que passe depressa

Então o ruído lá fora volta de chofre

E me diz que isso é morrer em vida

Eu tiro meu crachá de bom homem

Ciente de que nessa vida de versos tensos

Meu coração por pouco não parou de bater em episódios covardes

Mas ciente de que tive meus refrões de loucura

Nos quais cantei

Verdadeiramente

Amor.

R A Ribeiro
Enviado por R A Ribeiro em 14/09/2013
Reeditado em 19/09/2013
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