DE MANHÃ

DE MANHÃ

Sem você quase enlouqueci,

Mas ao terapeuta eu obedeci.

Andei pelas ruas de madrugada,

Como quis você toda minha pelada.

Afoguei a minha magoa na cerveja,

Fui ao terreiro e também na igreja.

Tomei o prozac nessa noite escura,

Queria você mesmo não sendo pura

E sem forças sonhava com teus seios,

Seus afagos e beijos eram meus anseios.

Na noite em claro não tinha coragem,

O valium não matava a fome da mensagem,

Que não vinha no maldito celular

E nessas horas frias onde você deve estar,

Mas passa a noite e vem o clarear,

Para a rotina vou como zumbi a andar,

Virei apenas um troféu na teia da manhã

Empoeirando numa estante sem ter um amanha

E minha amada que era minha essência,

Hoje só a sinto em sua ausência.

André Zanarella 07-09-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 14/09/2013
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