O MOCHO

Tudo passou, foi em

vão

Nada valeu muito a pena

Minha alma ainda serena

Espera a mutilação

Pois não há nada que se faça

Contra o destino hediondo

Vou em frente

Estou na mira

Mas minha flecha é de ouro

Pois nada do que já fiz

Trazia a intenção de ferir

Mas falhei, sei errei

Como todos no planeta

Mas cada dia estou mais livre

Para voar, ir além

Pois não há nada nem ninguém

Que impeça minha passagem

Para o amplo, o mais profuso

O eu sozinho, o isolado

Mas pelas falhas cometidas

Restou um pequeno detalhe

Escolhi ser borboleta

Vida livre, mas breve, frouxa

Quem sabe na vinda próxima

Um belo pássaro? Um pégaso

Ou já vale um reles mocho

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 13/09/2013
Código do texto: T4479416
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