Vitrine

Voei o livre sorriso acumulado e vivo

Ecoei o arbítrio somado ao meu ativo

Demonstrei meu destino, o irracional

Criei motivos, um suborno emocional.

Vendi o selo da liberdade da vontade

Ofereci clientela ao afeto confrade

Todos estoques do calor da intenção

Expus em pote de cristal o coração.

Deixei na vitrine solitário o meu olhar

Doei a cada arrepio um vizinho louco

Ritos, gritos, a voz de pouco a pouco

Libertei veloz na histeria desse amar.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 12/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
Código do texto: T4479024
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