O poeta contra a apostasia
Eu insisto crer que a canção não acabou,
Mesmo quando o som do silêncio
É evidência da ausência.
Eu insisto crer que existe, no fundo, o amor,
Mesmo quando o homem,
Por mais humano que seja,
Torna-se a náusea.
Eu insisto crer que existe a fé,
Mesmo quando o homem,
Que não sabe do que é feito,
Mata a esperança pela ciência.
E eu insisto crer que tenho fé,
Mesmo quando a evidência em minha mente,
Parece real.
Real e plausível...