PARA ONDE, RIO

PARA ONDE, RIO

Se nasce, o rio, surge inteiro.

Com ele nascem muitos

fios minerais na superfície,

e nunca deixam sinal do seu início.

Se passo em busca do começo

de um rio nascido na serra,

de um lado paro outro passo

e me perco do rio que descia.

O rio sorri de me ver passar,

me perco alegre de brincar no caminho.

- de ver o que há do lado de lá

dos sorrateiros fios do rio.

Quando salto é uma queda, já poço.

Quando muito, córrego, lagoa.

Quando vejo correnteza

é tanta água que desfila ainda.

Buscar a nascente, seguir para o mar...

Mesmo cristalina as água se furtam,

explicar para tantos fios unidos,

do curso a origem ao se calar.

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 12/09/2013
Reeditado em 09/07/2014
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