CINEMA E VIDA

O meteoro está preste a destruir tudo,

Um beijo antes de embarcar para o espaço.

Um mundo caótico sem valores morais,

Uma fagulha de esperança na loucura.

A morte consumindo o corpo físico

E amor dando sentido ao tempo final.

Queria que a vida fosse exatamente assim,

Um roteiro de cinema onde tudo é possível.

No Armageddon da vida não meteoros,

A nave espacial também não há,

Mas às vezes há o toque da esperança.

No desespero caótico das portas fechadas,

Uma chance na forma da oportunidade,

Um Mad Max vindo à forma de um contado,

Uma vinda que chega de um lugar nenhum.

Quando achamos que jamais amaremos,

Pois todas as chances de amar novamente acabaram,

Esgotaram e nos consumirão como uma leucemia,

Talvez ocorra um esbarrão na nossa vida,

Que nos tire de nossa ansiedade,

Destruindo as células malignas de nossa alma,

Que faça a quimioterapia responder,

Que de sentido para a nossa luta diária,

Ensinando o que é novamente sorrir,

Mesmo sabendo que a morte é inevitável,

Que tudo passara como passa os anos

Mas plagiando o poeta “foi eterno enquanto durou”.

E nesse caso o roteiro da vida plagia também o cinema.

André Zanarella 09-09-2013