Flor teu nome
 
Sim eu quero o teu cheiro de flor do campo
E toda a tua beleza em colírio silvestre
Enche os meus olhos de todo esse encanto
E inunda sem fim a minha alma agreste
 
Teu desejo em pluma é um lírio campestre
Que se espalha na brisa em cheiro suave
Dá mais cor cintilando o brilho celeste
Plaina leve fagulha como voo de ave
 
Tu me ensinas em silêncio em doce candura
Na viração desse dia e na troca do olhar
O lume da noite que o teu olho inaugura
Sempre tem algo a dizer quando quer ensinar
 
Essa flor mulher sai assim perfumada
Em profundo mistério difícil de desvendar
Em sua alma habita uma fera alada
Que nem sempre permite deixar-se domar
 
Mas sua alma é aberta aos encantos da vida
Em cada pétala da vida sua entrega é plena
Traz no peito a vontade de ser sempre vivida
Flor teu nome eu guardo em minha alma pequena