Vôo cego...
Que doa o sentir que agora ecoa...
Fruto de tua ousadia,
Se entrega e recua,
Dilacerante é o punhal da covardia...
Voaste por céus distantes,
Entregue a cega liberdade,
Pássaro a procura do horizonte,
Perdido, pro retorno, muito tarde...
Pousa no alto monte,
A imensidão agora avista,
Pesam as asas, falta a fonte,
Que lhe sacie a sede da vida...
Recua o pássaro entristecido.
Só perdido, sem ninho.
Viveu numa gaiola esquecido,
Agora em liberdade,
Cega o caminho...