E SE MOVE...

As pedras rolam
As palavras soltam-se

     Forma-se a poeira
     Um vento se faz
Arde o calor no solo
Um frêmito percorre o papel

     Há um frio no deserto à noite
     O poeta despojado, tremula
Há silêncio na madrugada
E uma angústia muda num peito

     Prenuncia-se uma aurora de cores
     O poema quedou-se em branco-e-preto
Vozes diferentes fizeram-se ouvir
E o céu clareou do mesmo jeito
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 11/09/2013
Reeditado em 11/09/2013
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