Livre

Desta vez, não atenderei a rima,

que sempre pede para estar presente;

e nem a métrica, essa temível felina,

com suas presas de diamante.

Desta vez, o poema (no espelho)

verá que o reflexo não é um detento...

que sair do sonho, não é pesadelo,

apenas o avesso do tempo.

Desta vez, quem escreve os passos,

é o caminho e não os meus pés;

e as palavras do vigilante português

indicam rumos sonoros (todos falsos);

e eu só amarro cadarços

pra não cair...desta vez!

10-09-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 11/09/2013
Reeditado em 10/12/2015
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