Livre
Desta vez, não atenderei a rima,
que sempre pede para estar presente;
e nem a métrica, essa temível felina,
com suas presas de diamante.
Desta vez, o poema (no espelho)
verá que o reflexo não é um detento...
que sair do sonho, não é pesadelo,
apenas o avesso do tempo.
Desta vez, quem escreve os passos,
é o caminho e não os meus pés;
e as palavras do vigilante português
indicam rumos sonoros (todos falsos);
e eu só amarro cadarços
pra não cair...desta vez!
10-09-2013