O DIA
O DIA
O dia que passa não arranca nada,
Entro apenas com a minha bagagem.
Às vezes penso nela ainda tão bela,
Nas promessas de amor em dias frios.
O dia amanhece acordo tão sozinho,
Lembro-me de corpos e bocas que tive,
De pernas e braços que me enlaçaram,
Mas o meu sentimento real foi enterrado,
Está tatuado nas costas do vento frio.
O vento corre pelos cantos da Terra,
Procura a dona de meu sentimento.
Hoje todo o sentimento está lá,
Restou um amor doente, fraco.
Que caminha apoiado em lembranças,
Que tem a vaga silueta do encantado,
Que lutou em nome do amor,
Mas mesmo faltando um pedaço
E tento um jeito calmo e sorriso no rosto,
Ainda sabe que achara o amor,
Mesmo que o amor seja eterno
E o eterno dure apenas um segundo
E este segundo me de uma ruga na face.
Mesmo assim sempre serei feliz, pois amei um dia.
André Zanarella 22-09-2012