Esquizofrênica
Olhando o entardecer
A queimar as horas ao nada
Caminho sob esse sol de outono
Lúcido, leve, vivo
A voz que ouço falar-me à noite
Que brota do breu
Corta de penumbra a luz
É você ou sou eu?
Sou eu que me assusto
Com os sonhos despedaçados
Ou é a realidade de cara
quando o sonho acaba?
Que som é esse?
Que voz é essa?
Não me deixa esquecer
Não me deixa em paz!
O telefone tocou outra vez
Em pleno sol das três!