Interação a "Uma taça de vinho"
de: Zuleika dos Reis



Grão

A solidão me agarra
De frente, de cara
Pelas costas, pelo meio
A solidão me arrasta
Feito carro sem freio.

É feito Jacaré
Com a boca escancarada 
Engolindo-me pela cabeça
E aos poucos, inteiro.

Pode ser cobra-Jiboia
Tenho medo, medo dela
Sem armas para enfrentá-la
Olho pela fresta da janela
Vejo escuras aquarelas.

Deixa-me sem cor, sem ar
Sem escudo de proteção
Sem armas pra me proteger
Dessa dor, essa aflição
Porta aberta para depressão.

Fincada no peito d'alma 
Nem sei que arma usar
Pra combatê-la, hipnotizar.

Preciso de garras
Para defender-me
Será arco, será flecha?
Serão esporões?
De solidão morro, nos porões...

Grão.

Tony Bahi@.

¨¨¨¨¨¨¨¨Interação &  Sintonia¨¨¨¨¨¨¨¨


'Solidão, triste companhia,
das madrugada frias,
das noites escuras,
sem estrelas, nem luar,
que deixa minh'alma nua para poetar.'

Esther Ribeiro Gomes

Obrigado prima Esther, pela intensa inspiração.
Carinho, tony.


¨¨¨¨¨¨¨¨¨Ïnteração & Sintonia¨¨¨¨¨¨¨¨

"A solidão é bicho que ataca no silêncio.
Morde e tritura e devora por dentro.
Ela nos cala. Mas grita, agita e fala.
Solidão é maritaca ao contrário...
Solidão é catraca que nos fecha a porta e o portão.
E bate a tristeza em nossa cara.
É cadeado, sentimento duro e lacrado que fecha o coração.
Onde a chave? Sei não."

José de Castro

Obrigado mestre e amigo José, pela intensa inspiração,
abraço, tony. 






 
Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 10/09/2013
Reeditado em 12/09/2013
Código do texto: T4475710
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