Longe dela eu sou só.
Só mais uma volta, eu te consigo, digo que sigo, me vou, ladeira a cima, suando os bofes, boca seca, até a tampa, vazão dos potes, encho o pulmão de poluição, tirando pigarro da tubulação, já não aguento mais, vou me entregar, nas mãos dos polícia, sou bandido, mas nem tanto, minhas glândulas suadeiras em ebulição, estico os braços, nem sinto as mãos, a cueca tá apertada, fumei quinze anos e agora isso limita os planos, vou pular esse muro, quero ver quem me prega, nem caco de vida nem cerca de guitarra elétrica, me erra, cansei de acertar, ouço a sirene chegar, cada vez mais perto, ecoar no plexo, deixo-me pegar, com força, para apaixonar, me completa as ideias a porrada no maxilar, muito mais gostoso apanhar na sola do calcanhar, andar na gaiola e trancafiar, toda vontade mora, onde a dor não tem razão, a pior prisão são as grades do coração.