O 1º Motivo do Fragmento

Minha louca alucinação lúcida

De ver corpos ardentes

Deitarem-se

Prostrando-se ao louco prazer

De aliviar a dor

Um prazer mascarado

De orgasmo simulado

Minha louca lúcida alucinação

De querer o proibido

E proibir o liberado

Sexo

Ausente, presente no ser

O fogo ofusca o fogo

Fulminante fome

Faminto esfarrapado

Falus falido

Fazendo a felicidade felina

Fulgás do afeto

Feliz aquele que ama

Amor?

Minha alucinação lúcida, louca

Querida ferida

Do ser do-ente

Querido

Aquele que quer...

A visão plena

Do amor pleno

Idealizado

A esperança

Escassa

Vida!

A ilusão do-ente

Louca vontade

No peito

Fragmentado

Do

Ser

Fragmentado

A névoa cinza no crepúsculo avermelhado

Meio que cor de abóbora

Podre

O dia.

fragmento de um amor

Não fragmentado

Amor!

Minha lúcida alucinação louca

De ouvir a canção

Do amor

Fragmentado

Do

Ser

O caos monótono da vida

Improvisada

A esperança, viva

O coração

De pedra

A vida imatura

Mais pura.

A voz melodiosa

No clímax

Sexual

Do sexo antecipado

mascarado

Discrente

de

Amor quente

Minha alucinação louca, lúcida

De ter sido

A loucura

De todos os

Seres inférteis

fétidos

fezes fedorentas

Dos seres inferiores

Cheios de amor

podre é

o orgasmo mascarado

De máscara improvisada

Salgado, o gosto

Da louca alucinação lúcida

do ser.

A lembrança impulsionada

Pelo desejo lembrado

Inconsciente prazer

Consciente

Tragédia

Do dia

de Glória

Fiéis

Todos de mãos dadas

No dia de verão

E o outono?

Foi-se!

A primavera ...

(puta prima a Vera!)

Agora resta-nos

O inverno

improdutivo

de seres

que não produzem

alucinação

louca

lúcida

vontade

fragmentada

de

Ser.

Alecsandro Amorim Martiniano
Enviado por Alecsandro Amorim Martiniano em 07/09/2013
Reeditado em 24/09/2013
Código do texto: T4471826
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