Infantil
Bela e sórdida, que na origem se faça.
Com caprichos, ricos presentes, sempre.
Não vê do mundo, simples, a graça.
Criada com puro leite, do ventre.
Longe ou perto , putrefato mundo cruel
Vai a menina cheia de vontade
Alimenta-se farta do mais puro mel
Cresce muito o orgulho, a vaidade.
E algo nesta historia surge inesperado
Um monstro sanguinário voraz e assassino
Com olhos arregalados, dente afiado.
Tira o amor inocente do menino.
Fácies bela em olhares, postiço divulgado.
Permanece sem limites, soberba, sua vontade.
Em companhia estranha, infante, renegado.
Na cretina busca um príncipe acriançado.
Mal sabe a fedelha que o amor longe passa
Um dia há de esbravejar descontente
Era feliz e não sabia, desgraça!
A vida não dá essa chance, novamente.
O Monstro insurgiu de dentro da menina
Cresceu tanto o orgulho a vaidade
Que adulta sem crescer, sucumbiu pequenina.
A atroz existência, sem humanidade.