MINHAS MAÕS!
Minhas mãos têm traços que marcam o destino
Linhas que dizem as voltas da vida
E rugas que deixam na pele a ferida
Bem como lembranças, de quando menino!
Têm um jeito estranho, real e divino
Quando afagam o rosto de quem amo tanto
Quando te enxugam os olhos do pranto
Ou no quadro da escola, te dão o ensino.
Com garra as entrego ao teu corpo manso
E em meiguice embalas-me enquanto descanso
No sono à noite ante estrelas cadentes
Mas se o sangue não corre nas veias ardendo
Talvez o vigor, eu esteja perdendo
Ou mesmo sentindo…estas mãos dormentes!