MINHAS MAÕS!

Minhas mãos têm traços que marcam o destino

Linhas que dizem as voltas da vida

E rugas que deixam na pele a ferida

Bem como lembranças, de quando menino!

Têm um jeito estranho, real e divino

Quando afagam o rosto de quem amo tanto

Quando te enxugam os olhos do pranto

Ou no quadro da escola, te dão o ensino.

Com garra as entrego ao teu corpo manso

E em meiguice embalas-me enquanto descanso

No sono à noite ante estrelas cadentes

Mas se o sangue não corre nas veias ardendo

Talvez o vigor, eu esteja perdendo

Ou mesmo sentindo…estas mãos dormentes!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 07/09/2013
Código do texto: T4471102
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