NO ALTAR DO TÉDIO
Aos pés do abismo
olhei por um segundo
a vontade de voar
mesmo que morresse
seria por um segundo.
Instante que se desdobra.
Se abre pra compreender
a estupidez do instante
que não entendia o "antes"
e advinha o depois.
É cansaço.
O que o velho nos conta
sentado na beira da calçada
pedindo moedas
é sua ilha de desencantos
A maldição do "tempo"...
Ele acreditou.
A superfície
me fala da brisa
do ventos que rastejam
fertilizados de tudo aquilo
que tem vida...
..."o abismo é profundo
e não tem plástica!"
O que eu construo
tem mais tempo do que eu.
Tente fazer a conexão dos sonhos
e terá uma realidade
indague-a , pontue
e verá a memória falando
o tempo todo.