Mais um dia

Cai a noite cansada por tantos dias seguidos

De solidão repleta de gente só

Acompanho-me mudo

Sem vontade de conversar-me

Não tenho o que dizer a mim mesmo

Sigo-me somente pelo que sou

Em meu caminho ando-me

Sem nada levar

apenas o peso do vazio

a esvaziar-me os dedos

que tentam segurar

o que não é seguro

Olho apenas para os lados

enquanto sigo em frente

como quem tem peito rente

por tanto sofrer

Do que faço-me bem

É mal e nem bem sei porque o faço

Mas faço-o por sentir

Que o não fazer o mal

Tanto me engana

Quanto o bem que tento

E não faço

Levo-me nessas lembranças

Só de infâncias

Minha última instância

Causa ganha

Em memorando à preamar

Amor que nesta vida tão lida

Nas frases só esquecidas

Quando em branco

No folheio d´alma encontrar

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 24/08/2005
Código do texto: T44700