Relendo
Eu reconhecerei em você a minha humanidade,
Se eu não for um excluído.
A minha dor dói, mais pela sua omissão,
Do que pela minha luta em busca de liberdade.
Eu preciso que a justiça seja o fruto dos pobres e dos oprimidos
E que, até que eu seja julgado, não me condene por antecipação.
Eu preciso de um lugar para viver e sonhar com dignidade,
Para andar livremente ao seu lado nas mesmas condições de igualdade.
Eu preciso do direito de me relacionar com as pessoas que amo
Para poder crescer individualmente e não sofrer tantos danos.
Eu devo ser um condenado, mas não me trate como um desgraçado.
Eu quero o Estado que construo e que ainda não está acabado,
Pois a miséria e o medo continuam presentes, mesmo, cinqüenta anos,
Depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
(Parte dos Artigos da DUDH)