Relendo

Eu reconhecerei em você a minha humanidade,

Se eu não for um excluído.

A minha dor dói, mais pela sua omissão,

Do que pela minha luta em busca de liberdade.

Eu preciso que a justiça seja o fruto dos pobres e dos oprimidos

E que, até que eu seja julgado, não me condene por antecipação.

Eu preciso de um lugar para viver e sonhar com dignidade,

Para andar livremente ao seu lado nas mesmas condições de igualdade.

Eu preciso do direito de me relacionar com as pessoas que amo

Para poder crescer individualmente e não sofrer tantos danos.

Eu devo ser um condenado, mas não me trate como um desgraçado.

Eu quero o Estado que construo e que ainda não está acabado,

Pois a miséria e o medo continuam presentes, mesmo, cinqüenta anos,

Depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

(Parte dos Artigos da DUDH)

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 12/04/2007
Código do texto: T446988
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