O amor de outrora
 
Avivar de pensamentos
Reluzentes na curva do tempo
Onde meio escondido
Resplandece o amor de outrora
O coração lívido
Recorre às suas encostas
Para manter-se erguido
Sobrevivente que não ignora
O perigo sofrido
De reviver a própria história
Sem delicadeza
A inconstância das dunas 
Revolvem o  instinto
E os versos incompletos
Resultam teu nome
De sentido insentido
Absurdo íntimo
Que se revela sem mais
Aguçar legítimo
Do que dói demais
Ainda incapaz de expulsar o grito
Que a tua falta faz
O adorno do instante é a algema
Do espanto desse mundo
Que mudo, recusa a liberdade...