Sem título
Ah, essa mania que você tem
de chegar mansinho
e ronronar em meu peito
levantar minha pele
descobrir meu sexo
e dizer que está possuído...
Ah, que mania é essa que você tem
de despir minh'alma
em cascatas
e sair sem licença
deixando o corpo desfalecido...
Ah, todas as vezes
me pego falando
na contramão
que não há sentidos
dos dez que possuo
que não caibam em suas mãos.
Aproveita, vai,
e saia...assim mesmo
sem saia
sem rumo
sem norte
sem sumo...
apagarei metade dos versos
insistentes versos
martelados versos
que caçoam de você
que ainda ronrona em mim.