Refletindo pensamentos
Pensamentos...
Imagino-os pendurados fora da cabeça
Intrigantes e bizarros quase sempre.
Nem sei bem quem os dizem
Escuto-os as vezes no meu silêncio
Recolho-os e uso como propriedade coletiva
Às vezes se repetem sem critério
quase como o barulho constante do mar
e deixam-me confusa, quase sem oxigênio
Outras, tornam-se moles, parvos,
como insetos nascidos do calor
fazendo infinitos tortos no ar
Às vezes brincam comigo,
formulam hipóteses, descrevem sonhos
Conspiram de mãos dadas,
resistentes da paixão, românticos de aço.
Não combatem a realidade, querem transformá-la
vê-la de outra forma... talvez desnudá-la?
Tudo que é verdadeiro, plausível, palpável...
não serve, é preciso reinventar.
Soldados na parada das ilusões... sentido!
O mundo é pequeno e redondo
não acaba nunca.
Comando do impossível... em frente!
Os pensamentos balançam diante de meus olhos
As pupilas faíscam mil cores, as idéias piscam sem parar,
como estrelas no telão escuro da noite.
De repente, sem estar à espera
pego o lápis e escrevo sem parar.
Poetas são imitadores do nada.