MEDO

Tuas palavras são afiadas

como o frio da navalha,

me rasgam a pele.

O terror me afoga.

Afloram medos.

O silêncio é quase sólido.

Lágrimas deságuam no meu rosto

distorcido de dor.

Quase não sou capaz

de me reconhecer no espelho,

quase me esqueço de mim,

quase me perco pro medo.

Tuas palavras são afiadas

e ferem quando ditas,

firmes e constantes,

sabem onde e como me ferir.

lin quintino
Enviado por lin quintino em 04/09/2013
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