MEDO
Tuas palavras são afiadas
como o frio da navalha,
me rasgam a pele.
O terror me afoga.
Afloram medos.
O silêncio é quase sólido.
Lágrimas deságuam no meu rosto
distorcido de dor.
Quase não sou capaz
de me reconhecer no espelho,
quase me esqueço de mim,
quase me perco pro medo.
Tuas palavras são afiadas
e ferem quando ditas,
firmes e constantes,
sabem onde e como me ferir.