BRUMAS DA SAUDADE

Nas brumas leve dos sonhos

Minha alma não tem algemas

Tem asas,mas não tem pena

Pena do meu coração

Qual andorinha ferida

Volta sempre ao velho ninho

Aureolado de espinhos

Que o tempo lançou ao chão

Pareço ali neste mundo

Um andarilho sem nome

Buscando matar a fome

Entre os escombros do adeus

Nunca temo o pernoitar

Da sombra sobre meu rosto

Pois ela oculta o desgosto

De cada soluço meu

Pois ela oculta o desgosto

Que trás o romper do dia

Quando a luz se irradia

Neste atro empoeirado

Onde reviro as lembranças

De um tempo que fui feliz

Enquanto o destino quis

Deixar mamãe ao meu lado

Enquanto o destino quis

Me ver sonhar e sorrir

Sonhar sem ter que dormir

No aconchego maternal

Sorrir de tudo na vida

Contando do dia as horas

Pra poder voltar da escola

E ter meu beijo ideal

Pra poder voltar da escola

Treinando pelos caminhos

Os mais bonitos versinhos

Que ensinou-me a professora

Pensando sempre comigo

No jeito mais comovente

De recita-los contente

A minha progenitora

De recita-los contente

Despertando o encantamento

Das flores de meus momentos

Mamãe,papai e irmãos

E ao som de muitos aplausos

Receber os meus troféus

Nos beijos santos de mel

Daquela linda união

Vai-se o tempo,vão se os anos

E um dia o mel cristaliza

Vira sal e se eterniza

Na alma do ser mortal

E os caminhos se quebram

Destruindo nossa sorte

Trazendo pra vida a morte

Do nosso sonho ideal

Trazendo pra vida a morte

Do sono que vai embora

Leva os sonhos,leva as horas

Só não me leva a esperança

De um dia alçar meu voo

Em planisférios distantes

E unir-me as almas amantes

Que teceram-me a infância!

GILMA LAISA
Enviado por GILMA LAISA em 04/09/2013
Reeditado em 05/09/2013
Código do texto: T4467110
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