VÃ FILOSOFIA
Apalpei a consciência, coloquei reticências e a vida prosseguiu,
abracei a indiferença dei uma prensa e ninguém viu,
que era meu jeito de lidar com essas coisas que machucam a gente,
fiz muito alarde, esperneei, gritei, mas não fui conivente.
Ando matando cachorro a silêncio, cuspindo poeira, afugentando rima,
lutando esgrima, engolindo espada, mastigando gilete,
não me compete consertar o mundo e não confundo confusão e festa,
desembestado corro, não peço socorro, pois mato ou moro, é só o que me resta.
Dou tiro de bazuca, AR15 e de canhão, solto fogos de artifício traque e rojão,
não me iludo com essa gente sempre indignada que diz nada com nada,
que não faz nada, entra muda e sai com nada sem pecado e sem perdão.
Decorei tudo que ensinaram, mas nem notaram que no esforço nada aprendi,
vai tudo bem mesmo com todo mal que me rodeia ao longo dessa estrada,
já me encontrei, mas não sei onde estava e enquanto me procurava me perdi.
Saulo Campos - Itabira MG