Minha (des)construção
A vida, ah, efêmera
Eu, poeta louco, desvairado
Contando meus exageros para mais uma construção
Tantos pedaços, colhidos no acaso
Os "asos" a socarem-me
Enquanto a chuva aqui fora me rasga com uma denuncia
São minhas palavras jorrando em mim
Eu, poeta louco, desvairado, contando meus "ismos", contando espaços
Buscando abraços
Quem disse que preciso de muito?
Espetáculo, eu não preciso para viver
Deixo para outro que saiba rimar
Pois essas linhas contínuas permanecem sendo
Eu, poeta desvairado, que comete o louco dos pecados
Sendo consumido pelo mar
A brisa leve me faz nunca deixar que o último se encolha
Eu, poeta, vou (des) construindo em linhas tortas, as palavras que cismam em me tocar.