O GORJEIO DO SABIÁ
Numa manhã muito fria,
Eu saia pra trabalhar;
A serra eu subia,
A passos lentos sem parar;
No instante que cheguei
Num velho jacarandá,
Na ramada avistei
Um garboso sabiá.
O sabiá gorjeava,
Gorjeava sem parar;
E eu me alegrava
Ouvindo seu gorjear.
O seu gorjear tão sonoro
Ecoava na floresta,
E os passarinhos em coro,
Faziam grande festa,
Alegrando a natureza
Naquele humilde sertão;
Diante de tanta beleza
Alegrei meu coração.
O sabiá gorjeava,
Gorjeava sem parar;
E eu me alegrava
Ouvindo seu gorjear.