Pescaria
A meia lua de uma bela madrugada
Andaluz
Voltava feliz da minha pescaria
Tinha pescado um ambarino
Luar
Um mandi um cará
Dois mindim e um mapará
E um waka
Enchi um paneiro de pirilampos
Reluzentes
E outro de estrelas cadentes
Na volta meu caniço murmurou
Porque quase nada pescou
E uma peixe - mulher nem deu bola
Para sua isca saborosa
Bateu as abas na água
Insana nas suas belas barbatanas
Saiu toda charmosa
Com sua escama brilhosa
E emergiu nos acordes
Das borbulhas azuis
Até a zagaia pontiaguda
Amolada
Errou as asas de uma bela arraia
Que saiu plainando lentamente
E foi amerissar bem mais fundo
Em outro lugar profundo
Com seu veneno secular
Luiz Alfredo - poeta
A meia lua de uma bela madrugada
Andaluz
Voltava feliz da minha pescaria
Tinha pescado um ambarino
Luar
Um mandi um cará
Dois mindim e um mapará
E um waka
Enchi um paneiro de pirilampos
Reluzentes
E outro de estrelas cadentes
Na volta meu caniço murmurou
Porque quase nada pescou
E uma peixe - mulher nem deu bola
Para sua isca saborosa
Bateu as abas na água
Insana nas suas belas barbatanas
Saiu toda charmosa
Com sua escama brilhosa
E emergiu nos acordes
Das borbulhas azuis
Até a zagaia pontiaguda
Amolada
Errou as asas de uma bela arraia
Que saiu plainando lentamente
E foi amerissar bem mais fundo
Em outro lugar profundo
Com seu veneno secular
Luiz Alfredo - poeta