O SÚBITO SILÊNCIO DO AMOR

A lua se enfeitando no teu corpo
expõe-se vaidosa para a noite.
Meus olhos enfeitados pela lua
nem percebem a noite iluminada.

Em todo o universo,
nem mesmo as estrelas,
espias do mundo,
suspeitam do que acontece.

Perguntar-se-ão, elas,
sobre a razão deste súbito
silêncio.

Perguntar-se-ão, elas,
sobre a origem deste inebriante
perfume
que se espalha por campos,
por florestas e por desertos.

Gostariam de saber, as estrelas,
de onde surgiu a tépida aragem
que arrepia os pelos dos animais
e os torna calmos e atentos.

Muitas coisas gostariam de saber
as estrelas, vigias da noite.

Se eu pudesse falar com elas,
explicaria que, neste exato momento,
um homem e uma mulher unem
suas almas,
seus corações,
seus corpos,
na mais pura e singela
forma de amor.


 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 02/09/2013
Reeditado em 31/07/2014
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