À MINHA PORTA!

À minha porta tenho vasos com flores perfumadas

Laranjeiras que quando são por mim regadas

Ficam verdinhas como a erva que há no prado.

Tenho sombras agradáveis que com o calor

Dão para te afagar com o meu amor

Porque quando se ama alguém…não é pecado!

À minha porta tenho sorrisos à tua espera

Para alegrar-te o coração da crise austera

E entregar minhas mãos pra te abraçar.

Tenho água pra te oferecer se tiveres sede

Um banco pra descansar, encostado á parede

Assim como tenho mil beijos para te dar.

Na minha casa, na soleira da entrada

Às vezes também se vê a bicharada

Tratando da vidinha pró inverno.

Em constante correria lá andam as formigas

Que lutam pelo pão em simples “brigas”

Pra quando esse tempo, lhes parecer eterno.

Há belos cachos de uvas, pendurados da parreira

Há espera de fugirem à poeira

E irem para a mesa ser trincadas.

Ou bebidas no néctar que é o vinho

Porque esse seria sempre o seu caminho

A que um dia, elas estariam destinadas.

À minha porta há pedras lajeadas lá no chão

Há um ditado que diz aos que lá vão

“Bem-vindos sois, se vieres por bem” .

Quando assim não for não apareças

Antes que com más palavras me aborreças

E no fundo me faças ser…ruim também!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 02/09/2013
Código do texto: T4463517
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.