À MINHA PORTA!
À minha porta tenho vasos com flores perfumadas
Laranjeiras que quando são por mim regadas
Ficam verdinhas como a erva que há no prado.
Tenho sombras agradáveis que com o calor
Dão para te afagar com o meu amor
Porque quando se ama alguém…não é pecado!
À minha porta tenho sorrisos à tua espera
Para alegrar-te o coração da crise austera
E entregar minhas mãos pra te abraçar.
Tenho água pra te oferecer se tiveres sede
Um banco pra descansar, encostado á parede
Assim como tenho mil beijos para te dar.
Na minha casa, na soleira da entrada
Às vezes também se vê a bicharada
Tratando da vidinha pró inverno.
Em constante correria lá andam as formigas
Que lutam pelo pão em simples “brigas”
Pra quando esse tempo, lhes parecer eterno.
Há belos cachos de uvas, pendurados da parreira
Há espera de fugirem à poeira
E irem para a mesa ser trincadas.
Ou bebidas no néctar que é o vinho
Porque esse seria sempre o seu caminho
A que um dia, elas estariam destinadas.
À minha porta há pedras lajeadas lá no chão
Há um ditado que diz aos que lá vão
“Bem-vindos sois, se vieres por bem” .
Quando assim não for não apareças
Antes que com más palavras me aborreças
E no fundo me faças ser…ruim também!