Por Toda a Eternidade a Poesia

Por toda eternidade eu seguirei

caminhos paradoxais, anacrônicos,

equalizando os sonhos agudamente

para que ressoem meus timbres

por todas as vias de colisões,

pelas cavidades dos corações.

Por toda eternidade eu trilharei

caminhos obtusos, esotéricos,

versificando razoavelmente méritos

ou deixando pra lá toda coerência

talvez até ecoando em nova frequência

um grito estupidamente casual.

Por toda a eternidade eu deambularei,

entretanto meus corpos padecerão

entre uma etapa e outra dessa senda

que é caótica, que é tremenda, flanando;

mas nos jardins efígies em decomposição

e algumas rosas oloríferas e transparentes.

Por toda a eternidade a poesia

se espalhará e deixará feridas abertas

ou até talvez algum sentimento novo

que desconheci quando decidi partir,

que averiguei quando naveguei

pelos mares dos confins da sensação.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 02/09/2013
Código do texto: T4463353
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