Soberana Rainha
Sou tua branca lua
Que em noite sem estrelas
Ilumina os parcos trajetos da vida
Sou nuvem
Final de arco-íris
Sou vento, sou chuva
Sou fuligem
Sou arrepio ardente
De quatro mãos
Enlace de pernas
Cegando vãos
Sou volitiva onde de calor
Acometendo plexo, estômago
e torpor
Ao ver brilhar os olhos
Estrela e constelação
Quero ter-te tanto quanto
respirar o ar
Quero voar em teu corpo
exasperar
Quero ser rainha do meu trono
Tomando o domo
Que com pressa almejo dominar