Saudade infinita e dolorida
Talvez jamais acabe essa saudade
Que eu não sei de onde vem
Quem sabe é ilusão, não verdade
E porque as lágrimas não se contém?
Talvez eu não seja o que preciso ser
Uma força me abraça, me faz dormir
Mesmo acordado, vivo, eu não posso ver
E a vontade que quase me domina é de sumir
Por vezes ainda me pergunto, quem sou?
Tudo fora do normal, por ser tão normal
E eu não sei aonde eu vou
Com tantos caminhos e essa saudade irreal
Ainda me vejo por aí, tão pequeno
Correndo, descalço, sem noção de perigo
Em cada rostinho sorridente e sereno
Que eu não vejo a tempos no rosto de um amigo
Quais os sonhos que eu tive?
Muitos esqueci, ou morreram
Talvez algum impossível ainda vive
Mas muitos no tempo se perderam
Há se eu pudesse um dia escolher
Escolheria um tempo por mim esquecido
Para viver sem medo e nunca crescer
Porque o agora é saudoso e dolorido