ONDE
ONDE
Fernando Alberto Couto
O Sol da tarde vai sumindo,
as primeiras estrelas a brilhar,
com o vento frio assobiando,
indicam a noite a chegar,
como sempre, suave e serena.
Na palhoça, acende-se a luz...
O canário aquieta-se na gaiola,
enquanto o caboclo feliz,
dedilhando sua velha viola,
canta para aquela sua morena.
Naquele tal recanto sertanejo
fica tudo que me dá saudade.
Coisas que, por aqui, não vejo,
morando nesta grande cidade,
onde só o concreto tem valor.
Eu quero voltar para o sertão,
onde a vida tem mais encanto,
pois lá ficou este meu coração,
ligado àquele lindo recanto,
onde sempre esteve meu amor.
SP – 27/08/13