A SERPENTE
Enrolou o rabo de ponta tesa cuspindo veneno na grama de orvalho fresco. Na madrugada enluarada cheirou escamas à sua volta espalhadas. Ainda tentou arrastar-se até sua presa (que roncava) mas adormeceu na terra revirada suspirando sibilos e sustenidos desafinados. Cobra-cega ... estava apaixonada. |
Republicação |
Recanto das Letras em 14/10/2009 Código do texto: T1866720 Poesia de Concreto |