CHARCOS...
CHARCOS...
Eu fico procurando portas
Onde só há janelas...
Esse meu desconforto construtivo
É porque meu desejo de voar
Me empurra para o chão
E só consigo caminhar
Mesmo sendo o chão a minha trilha obrigatória
Meu espaço habitacional
Onde meus pés ficam preso no lodo
Na lama
E me orvalho com lembranças
Da minha infância
Herança única e saudosa
Que se tornam como poças de saudades
Que não consigo pular
E quase sempre
A todo instante
Mergulho de cabeça
Nessa corrente de “desavessos”
Entre a realidade e o sonho...