EU ERA APENAS...

SÓ ENCONTREI

UM RASCUNHO DE ADEUS,

NEM UMA NOTA.

SEQUER UMA EXPLICAÇÃO.

SÓ ME RESTAURAM AS LÁGRIMAS.

E A MALDIZER MEUS DIAS.

O QUE ME RESTVA?

NEM UM RESTO DE DIGNIDADE.

SIM, ERA INDIGNA.

NÃO MERECI

NEM SEU ÚLTIMO OLHAR.

ERA UM TRAPO VELHO

RECOLHIDO A UM CANTO.

DE UMA EXISTÊNCIA

EM FRANGALHOS.

POUCO ME SABIA.

DESNUDA EU ESTVA

DE TODA A DIGNIDADE.

HAVIA LEVADO UMA EXISTÊNCIA

DE SER SUA SOMBRA,

SEU CAPACHO,

SEU REBOTALHO.

E, AGORA,

QUEM ERA EU?

EU ERA APENAS...

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 31/08/2013
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