EU ERA APENAS...
SÓ ENCONTREI
UM RASCUNHO DE ADEUS,
NEM UMA NOTA.
SEQUER UMA EXPLICAÇÃO.
SÓ ME RESTAURAM AS LÁGRIMAS.
E A MALDIZER MEUS DIAS.
O QUE ME RESTVA?
NEM UM RESTO DE DIGNIDADE.
SIM, ERA INDIGNA.
NÃO MERECI
NEM SEU ÚLTIMO OLHAR.
ERA UM TRAPO VELHO
RECOLHIDO A UM CANTO.
DE UMA EXISTÊNCIA
EM FRANGALHOS.
POUCO ME SABIA.
DESNUDA EU ESTVA
DE TODA A DIGNIDADE.
HAVIA LEVADO UMA EXISTÊNCIA
DE SER SUA SOMBRA,
SEU CAPACHO,
SEU REBOTALHO.
E, AGORA,
QUEM ERA EU?
EU ERA APENAS...