O MAR DE PORTUGAL
Ó mar bravio,
que escondeste os teus maiores segredos tenebrosos.
Homens de luta e coragem,
lançaram-se em tuas águas profundas e salgadas,
que jamais ninguém as tinham ousado navegar.
As famílias portuguesas,
sofreram com a ausência dos seus familiares,
como se isso fosse um dever,
uma afirmação do nobre povo português,
de que era capaz, de que ia sempre mais além,
sem qualquer receio dos intermináveis perigos,
que poderiam surgir pelo caminho...
A missão era serem os donos do mar,
e dominá-lo a seu belo prazer,
como se de uma urgência se tratasse,
fazer história gloriosa,
alcançar o que era considerado inalcançável,
e que os portugueses o conseguiriam alcançar com espírito de sacrifício,
e ajuda divina.
Um povo português sempre protegido por Deus,
que viu em sua audácia,
o merecimento de tão grandiosos feitos imortais!...
Ó mar tão imenso,
que na tua imensidão nada fizeste temer aos portugueses,
que levantaram sempre o esplendor de Portugal,
como sendo o seu maior orgulho,
e perseverança naquilo em que um povo acreditava,
plenamente em ser possível de atingir.
Contra ventos e marés, e monstros desconhecidos,
em suas caravelas nada nem ninguém parava a força portuguesa,
como se fosse uma força superior em homens de carne e osso,
mas que pareciam de ferro...
Ó mar de Portugal,
nada foste temível, pois a força portuguesa,
e a crença era muito mais forte,
que a tua própria força natural...
Senhores do mar,
que nem o tempo austero e as chuvas torrenciais,
e as ondas bravias conseguiriam igualar a força portuguesa.
Todas as pedras,
que surgiram pelo caminho foram ultrapassadas,
uma por uma,
no desejo de cumprir um sonho de uma nação imperial,
de seu nome Portugal.
Ó esplendor português,
que demonstraste ao mundo inteiro a tua força real,
num combate sem tréguas,
entre a vontade de fazer história e a não história.
Como um destino protegido por Deus,
em quem confiaram,
e nunca lhes falhou nas horas de maior desafio...
Ó sangue português,
que parecias feito de uma invencibilidade inimaginável,
por entre sonhos e contra-tempos,
levaste a bom porto o ideal de uma nação.
A isso se chamaria alma nacional,
uma alma nacional,
cuja maior obra estava a ser conquistada,
o mar de Portugal,
sobre uma cultura e ideia,
que demonstrou ao mundo o que é ser português.
Ser português,
significa ir além das possibilidades humanas,
descobrir um novo mundo,
pelo mar que jamais outrora tinha sido descoberto.
A perseverança portuguesa triunfou,
no mar que se tornou português,
mas que ao mesmo tempo se tornou de todo o mundo.
Uma escala global,
que os portugueses conseguiram alcançar,
pelo seu próprio esforço,
dedicação e coragem e espírito conquistador.
Um império grandioso,
um legado ao mundo, de querer é poder,
e os portugueses conseguiram adquirir esse poder,
em benefício de toda a raça humana.
Feitos, e factos,
que comprovam a superioridade do povo português,
contribuindo para o conhecimento do planeta de forma histórica.
Grandes são os homens,
mas maiores são os homens portugueses,
que conseguiram desvendar as riquezas,
que um mar escondia há milhões de anos.
Assim nasceu o mar de Portugal,
o mar das descobertas,
o mar do sofrimento, o mar da angústia,
o mar da vitória do mundo,
o mar do povo português...
Ângelo Gonçalves