Seu crime de viver

Esconde e revela,

mostra e apenas insinua.

É clara como a nuvem em dia de sol

e negra como essa mesma nuvem anunciando borrasca.

Essa nossa subjetividade é assim,

como algo que não pode ser, mas é.

Como algo que se espelha na grandiosidade

mas é pequena como uma cabeça de agulha.

Ela é nosso guia

e nossa perdição.

Do mundo ela traz as similitudes a um prisma,

do céu ela traz a eterna divindade celestial.

Por que seria essa subjetividade

a nossa condição humana, a mais humana que temos?

Porque é ela que nos torna

próximos da realidade e do sonho ao mesmo tempo.

É ela que nos leva

de uma ponta a outra dos sentimentos:

os mais brandos até os mais intensos.

É ela, enfim, que nos redime do seu crime de viver...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 31/08/2013
Reeditado em 31/08/2013
Código do texto: T4460356
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