Perenizar
Que eu cante algo que marque
Como cantou Gil em Domingo no Parque
Que eu faça algo que fique
Como os casarões quatrocentões de pau-a-pique
Que eu diga algo que dure
E que a minha palavra as almas depure
Que eu faça o fugaz perene
Como fez Caetano com a Risada de Irene
Que meu silêncio seja retumbante
Como o de Ghandi em seu pacífico levante
Porque tudo que eu faça há de estar nos anais
Que eu faça, pois, o melhor e cada vez mais.