Perenizar

Que eu cante algo que marque

Como cantou Gil em Domingo no Parque

Que eu faça algo que fique

Como os casarões quatrocentões de pau-a-pique

Que eu diga algo que dure

E que a minha palavra as almas depure

Que eu faça o fugaz perene

Como fez Caetano com a Risada de Irene

Que meu silêncio seja retumbante

Como o de Ghandi em seu pacífico levante

Porque tudo que eu faça há de estar nos anais

Que eu faça, pois, o melhor e cada vez mais.

marciusantos
Enviado por marciusantos em 30/08/2013
Reeditado em 02/10/2013
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