A era do Sol

A era do Sol.

Visitei um reino estranho,

onde teu medo era guardião,

e tu choravas pelos caminhos estranhos

pois era o que tinhas naquele momento.

Cada gota de lágrima um propósito, decente,

fazendo-se sorriso talvez.

Eu já pertencia teu reino feito camponês

e raiz..

Longe do sagrado, fecundas vertigens

do amor, uma outra estação,

uma diferente, as vezes fria

as vezes ensolarada, como se

o crepúsculo dividisse algo além

de si mesmo.

Mas este lar já era feito, assim a

pintura de um pássaro não é

a beleza do vôo.

Minha sede intensa, procurando

tua fonte que já não jorrava, outra pintura.

Tudo que era plantado nascia na imaginação.

O desespero era a terra, só.

Nem cavalos ao vento nem o filho

que beija o pai.

Há um tempo para os guerreiros,

feito pelo amor e o sol, como a única

verdade, como o sol.

Camper
Enviado por Camper em 11/04/2007
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T445943