A era do Sol
A era do Sol.
Visitei um reino estranho,
onde teu medo era guardião,
e tu choravas pelos caminhos estranhos
pois era o que tinhas naquele momento.
Cada gota de lágrima um propósito, decente,
fazendo-se sorriso talvez.
Eu já pertencia teu reino feito camponês
e raiz..
Longe do sagrado, fecundas vertigens
do amor, uma outra estação,
uma diferente, as vezes fria
as vezes ensolarada, como se
o crepúsculo dividisse algo além
de si mesmo.
Mas este lar já era feito, assim a
pintura de um pássaro não é
a beleza do vôo.
Minha sede intensa, procurando
tua fonte que já não jorrava, outra pintura.
Tudo que era plantado nascia na imaginação.
O desespero era a terra, só.
Nem cavalos ao vento nem o filho
que beija o pai.
Há um tempo para os guerreiros,
feito pelo amor e o sol, como a única
verdade, como o sol.