A FUGA DO VERSO...

Já se vai a madrugada.

Mas o verso não apareceu...

Será que dormes,

Como a muito não dormia,

Buscando a sonhada paz....

Ou se fechou,

Preso a palavra não gritada.

A manhã já desponta, buscando o verso.

O raio de sol,

O medo brusco,

O vazio...

As correntes da solidão,

Podem ter aprisionado o verso.

Não... não...

O verso não se aprisiona, é livre, é do ar...

O dia vai rugindo na sua pressa,

Engolindo meu medo,

Pois sei que o verso ressurgirá,

No poema claro, solto, livre, em paz...

Como a alma do poeta que o canta.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 30/08/2013
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