OBSERVANDO GIRASSÓIS
Canto, mesmo fora de moda,
romântico incomoda tanto hoje em dia
e sou cafona se digo poesia.
Mas eu insisto, jamais desistiria.
O amor não é modismo,
desculpe o lirismo quem me desafia,
guardo teu rosto no amarelado da fotografia,
digo "te amo" sussurrando ao som da melodia.
Evito desamores semeando flores em teu lençol,
faço toada na cor espalmada de um girassol.
Viro um moleque diante do leque de um simples olhar,
e um riso meia boca já me faz cantar.
Dou de afagar cabelos, arrepiando pelos, espero um sinal,
ainda vejo em um simples beijo a chama que propaga,
que queima e arde sem dar alarde e nunca se apaga,
e não faz mal ser desse jeito, ingênuo, acho tão normal.
Saulo Campos - Itabira MG