Livres Predadores
Grilhões pesados
Corpos torrados
Pelo sol
Somos escravos
Da liberdade
De outros
Para ser livre
É presiso
Passar adiante
A um semelhante
Os grilhões
Para poder renascer
Com o jeito hipócrita de ser
Dos libertados
Somos todos fanáticos
Desse mundo drámatico
Vivendo em liberdade
Pois sem caridade
Cortamos as asas dos anjos
Para ter o céu
Apenas para nós
O pudor
É em si um terror
Implícito, solicito
Sendo seu corpo
Sua propriedade
Mas não sua posse
Que ja foi roubada
Pela forma estagnada
E jamais lhe será reintegrada
Ser livre
Não é possuir a liberdade
Ser livre
É, oprimir, vigiar e punir
Para que não possam insurgir
Aqueles presos a nós
Aqueles presos por nós
Liberdade quem és tu liberdade
Que se esvai entre os dedos
De seus caçadores
Possíveis sequestradores
E se presa
Servida será à mesa
E como veneno
Leve e sereno
Mata pouco a pouco
A busca da liberdade
E a liberdade da busca
Não a caminho para liberdade
O caminho é a liberdade
Antídoto do veneno de ser livre
Que único
Desaparece