Livres Predadores

Grilhões pesados

Corpos torrados

Pelo sol

Somos escravos

Da liberdade

De outros

Para ser livre

É presiso

Passar adiante

A um semelhante

Os grilhões

Para poder renascer

Com o jeito hipócrita de ser

Dos libertados

Somos todos fanáticos

Desse mundo drámatico

Vivendo em liberdade

Pois sem caridade

Cortamos as asas dos anjos

Para ter o céu

Apenas para nós

O pudor

É em si um terror

Implícito, solicito

Sendo seu corpo

Sua propriedade

Mas não sua posse

Que ja foi roubada

Pela forma estagnada

E jamais lhe será reintegrada

Ser livre

Não é possuir a liberdade

Ser livre

É, oprimir, vigiar e punir

Para que não possam insurgir

Aqueles presos a nós

Aqueles presos por nós

Liberdade quem és tu liberdade

Que se esvai entre os dedos

De seus caçadores

Possíveis sequestradores

E se presa

Servida será à mesa

E como veneno

Leve e sereno

Mata pouco a pouco

A busca da liberdade

E a liberdade da busca

Não a caminho para liberdade

O caminho é a liberdade

Antídoto do veneno de ser livre

Que único

Desaparece

P H R Garrit
Enviado por P H R Garrit em 29/08/2013
Código do texto: T4457706
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