ENTARDECER
ENTARDECER
Fernando Alberto Couto
Um melancólico entardecer,
aos últimos raios de Sol,
logo nuvens vão aparecer,
saudando o sereno arrebol.
Entre flores e espinhos,
trabalhadores cansados,
acompanhados ou sozinhos,
retornam aos lares desejados.
Vai acordando a meretriz,
enquanto se finda o dia.
Badalam os sinos da Matriz,
e ouve-se a suave Ave Maria.
Na praça, revoam pardais,
anunciando suas despedidas.
A cidade ressoa os últimos ais
que molduram muitas vidas.
Os campos ficam desertos...
Na praça, começam a namorar.
Somente bares ficam abertos,
para os boêmios alegrar.
E, naquele pequeno lugarejo,
ansiosa, tu esperas por mim
que, desejando o teu beijo,
ultrapasso distâncias sem fim!
SP – 02/08/13